21 de janeiro de 2009

Customização

O site do Banco Real permite aos correntistas escolherem um “apelido” pelo qual gostariam de ser “chamados” pelo site. Clássico sintoma de quem não entende como funciona a usabilidade de interfaces gráficas no computador e tenta improvisar com conceitos tradicionais do mundo offline. (Em resumo: você quer um site com navegação claríssima, consistente e previsível que facilite o acesso as informações relevantes em cada contexto, e não tente chamar a atenção para si mesmo com distrações tipo mensagens “Bom dia Fulano!!!”.
Por isso não perdi a chance de caprichar no meu apelido: Sexy Island Monkey – o mico sexy da ilha. É a única chance de ver engraçado na hora de ver o saldo da conta. E sempre fico na expectativa que alguma gerente/telefonista do Banco ainda vai me ligar no meu celular falar com o Sr. Sexy Island Monkey. Prometo postar o diálogo aqui, se conseguir gravar a conversa.

20 de janeiro de 2009

Temas importantes

Um vício: aparece uma idéia legal para escrever. Em vez de preparar o texto, eu guardo ela para depois, pensando que ela é boa demais para desperdiçar com um texto qualquer "agora". Penso sempre: depois (sempre depois), vou poder preparar um texto muito melhor a partir dela. O resultado é um só: acumulo uma pilha interminável de coisas sobre as quais gostaria de escrever, enquanto o blog continua essa pobreza.
E o drama não tem fim. Em vez de estar trabalhando justamente numa idéia legal, olha aqui eu, perdendo tempo para explicar essa mania de deixar o melhor para o final...

15 de janeiro de 2009

Morreu Patrick McGoohan!

Number Six nunca será esquecido.

Camiseta



Ei, que vem vai desperdiçar a chance de vestir uma camiseta tão irônica no seu bebê: THIS DAYCARE IS A FUCKING JOKE (ESSA CRECHE É UMA M...). Tem nos tamanhos 6/12 meses, 12/18, 18/24 e 2 anos.
É baratinho, US$15,95. Aproveite e leve junto a "Eu arruinei uma banda de rock perfeitamente boa".
Os avós vão ficar chocados, mas seus filhos um dia vão agradecer.

14 de janeiro de 2009

Anúncio

Eu tenho essa mania de ficar linkando artigos do McSweeney's com uma freqüência talvez excessiva, mas não dá para resistir: a mistura de cultura high-brow com humor besteirol que eles fazem é difícil de superar. Como nesse anúncio pessoal de Narciso num site de relacionamentos (hehehe):
I'll start with a little bit about myself. First off, I'm handsome. Very handsome. So handsome, in fact, that people have called me "beautiful" and "gorgeous," terms typically reserved for beautiful women. That's how good-looking I am. Whatever. I don't want to get into which term of beauty best describes my attractiveness, but, rest assured, you will not be disappointed. (I know I never am.)

9 de janeiro de 2009

Resultados

Federer acabou de perder pro Murray, e isso me deixa particularmente muito frustrado. O motivo não é muito nobre: não me incomoda propriamente que o Federer perca (nem que o Murray ganhe) mas sim que a maior trajetória de títulos e recordes em curso atualmente no tênis seja interrompida. O que me interessa é que Fed supere as marcas de Pete Sampras: 270 semanas como número 1, 14 Grand Slams, 65 títulos, levar Roland Garros, fechar um Grand Slam no ano-calendário etc. . Acompanhar essa evolução dá um puta trampo. Faz cinco anos e meio que ele vem construindo o argumento de ser o melhor tenista de todos os tempos. Não tem graça nenhuma quando aparece um moleque talentoso e cheio de energia capaz de derrotá-lo por uns tempos e assim atrasar esse processo mais um pouquinho. Principalmente porque logo depois esses moleques de algum modo perdem o embalo e viram mais um mero top 15 acomodado. Veja o Nadal, por exemplo, outro cara que está com essa mania de ganhar finais do Roger e virar número um: até quando o joelho e o pé agüentam? Ou, mesmo que agüentem, qual vai ser a competitividade do cara quando perder um pouquinho da velocidade e da força descomunal de que depende para atropelar adversários? Se alguém quer ser o novo número um, por favor, que seja para valer, e demonstre, como o Roger, ter o talento, a técnica, o condicionamento, a inteligência, a força física, a força mental, a determinação, a agressividade e a saúde necessários para jogar no topo durante mais de meia década e estabelecer marcas dignas de um maior jogador de todos os tempos. Se não, por favor, parem de ficar atrapalhando. Tem gente querendo testemunhar o desenrolar da história do tênis.

Campanha criativa

Whopper Sacrifice. A Burger King quer saber: você abriria mão de 10 amigos no Facebook em troca de um Whopper? (hmmm.)

Genial, simplesmente genial

8 de janeiro de 2009

Um comentário

Nathan Rabin, sobre Owen Wilson (num review de mais um filme ruim qualquer - são tantos - dele que ninguém viu):
(...) But the moment Owen Wilson signed to play the male lead, the film stopped being an Elmore Leonard movie and became an Owen Wilson movie.
Wilson turns Leonard's protagonist—an ex-con petty criminal memorably named Jack Ryan—into a loveable goof. Then again, Wilson turns every character he plays into a loveable goof. If Wilson were to play Joseph Goebbels, audiences would wind up thinking, "Wow, I never knew Hitler's chief propagandist was such an amiable slacker."

O escolhido pelas pessoas

Nem sei bem quem eram os concorrentes, mas eu acho que venceu o melhor. E o cara "mandou bem" na hora de agradecer o troféu:
Joining his cast-mates and producers on stage to accept the award, Laurie joked: 'I have no idea who these people are.
'This is just a small representative sample of the 200 or so people who worked so hard to make the show. They couldn't all be here because this is all the tuxedoes we've got.'
He added: 'This is a significant number because this is exactly the number of people who watched the show when it started going out five years ago.'

7 de janeiro de 2009

Links

Cada um pode escrever o que lhe der na telha em seu blog. Mas se quiser atrair e manter leitores, receber comentários e links em outros sites e sobretudo ser um membro respeitado na blogosfera, precisa seguir princípios mínimos de etiqueta e educação. Por isso é tão chocante ver um blog legal publicar um texto que não passa de um resumo de uma ótima reportagem recentemente publicada num jornal norte-americano sem dar o mínimo crédito.
Talvez tenha sido uma mera distração ou atropelo por falta de tempo, até porque o post de modo algum tenta esconder a origem do artigo, ao terminar com uma citação copiada diretamente do artigo original - ainda em inglês! Se for esse o caso, é até mais um motivo para se providenciar o link ao texto original, independente de outras considerações éticas, não só para dar mais credibilidade ao post, mas também para permitir aos interessados lerem a versão completa do artigo, redigida com muito mais preparo (por um autor de um bestseller aclamado no assunto). Também não é o caso de se criticar um blog por publicar tal resumo, muito pelo contrário. O assunto realmente é curioso, e o blog está fazendo um serviço útil ao divulgá-lo para mais pessoas.
Blogs existem para dar circular idéias rapidamente e por isso que é normal encontrar neles textos escritos de maneira mais apressada ou informal. Blogs podem cometer mais erros um jornal de grande circulação, é óbvio. Mas é por isso mesmo que os blogs precisam se preocupar até mais do que os jornais em citar fontes, de modo que nessa “circulação” de idéias a informação não seja truncada. Mais que isso, blogs nasceram para ser lidos na internet, e as fontes não precisam ser mencionadas em intermináveis notas de rodapé: basta fazer um link ao artigo original.
Porque em última análise é disso que consiste a internet: a geração contínua de links. Um blog precisa citar & linkar suas fontes simplesmente porque precisa que outros sites o citem & linkem também de modo que ele possa efetivamente existir na blogosfera e estabelecer sua audiência, relevância e reputação.
E nesse sentido, até mais importante do que mencionar o nome do autor do artigo e o jornal em que foi publicado, o blog tem que, quando for o caso, mencionar a fonte imediata em que encontrou a referência ao assunto, talvez outro blog. Como deve ter sido o caso nesse episódio. O resumo foi publicado cinco dias depois de o artigo original sair, curiosamente o mesmo dia em que o artigo havia sido mencionado, horas mais cedo, em um blog que justamente se destaca há tempo por diariamente pinçar links interessantes das mais diferentes publicações internacionais – e sempre menciona quando recebeu o link de outra pessoa.
Espero que tenha sido uma mancada excepcional do autor do blog, que por causa de resumo definitivamente não merece ser citado nem linkado. De qualquer forma, aqui vai o link do artigo original, que vale a pena ser lido.

Journalists

Ótimo blog: stuff journalists like. Inspirado no célebre stuff white people like, mas mais ácido:
Why do journalists like jargon? Because while it's true that many reporters are learned people, a good number of working, daily-grind journalists graduated from college with a major that probably didn't require much class attendance or brain power. History. American Studies. Liberal Studies. Sociology. And the granddaddy of all the questionable majors, Communications. It comes down to journalists wanting to sound like they actually learned something in college between the keg stands and drug binges.
(Esqueci de onde veio a dica)