24 de abril de 2009

Tags

Você pode usar "marcadores" (tags) para organizar as postagens no seu blog. A intenção disso, entendo, é facilitar a vida dos leitores ao achar o conteúdo que interessa. O autor pode criar tantos tags quanto quiser e cada texto pode ser arquivado em diversos tags simultaneamente, basta separá-los por virgulas. (Inúmeros sites da web 2.0 oferecem esse recurso de tags).
O que é engraçado nessa história são os exemplos de tags que o Blogger menciona no campo apropriado: "patinetes", "férias" e "outono".

Quem é capaz de escolher exemplos assim?
Será algum blogueiro realmente precisa agrupar todos os seus textos sobre patinetes? Alguém de fato consegue escrever sequer um só texto sobre patinetes? Será que alguém já tentou escrever um ensaio sobre as implicações sociológicas do uso disseminado de patinetes ou um poema épico sobre uma infância sobre o brinquedo (que finge ser meio de transporte)? Imagina alguém arrasado, insone, obcecado em terminar o grande romance americano (sobre patinetes).
Um bom blog precisa ter os pés no chão, não sobre rodinhas de plástico que ficam rangendo.
Bom, eu poderia continuar aproveitando a estranha liberdade de poder escrever muito mais do que 140 caracteres, e debochar de "férias" e "outono", mas não há muito a acrescentar. (Exceto que ficar escrevendo ostensivamente sobre coisas assim parece muito imbecil e desinteressante.)
Por último, não acho que seja de todo "pointless" ficar criticando detalhes da página de postagem do Blogger. Um esboço da minha "crítica aos patinetes" reside na página de rascunhos do meu blogger desde agosto do ano passado. Mais de oito meses se passaram, e esses exemplos bobos continuam no ar. Quem sabe publicando esse texto, eu possa dar uma modesta contribuição ao início de um movimento na blogosfera pelo fim dos exemplos bobos de marcadores. Não custa sonhar.

Teste

Você já imaginou como seria fantástico poder blogar do seu email?
Se você estiver lendo isso, não precisa imaginar mais. O recurso já é
uma realidade!
Amazing, bicho!

12 de março de 2009

Veja 40 Anos

Link fantástico que um amigo mandou: 40 anos da Revista Veja digitalizados (http://acervoveja.digitalpages.com.br/). Acabei de fazer uma viagem pelo zeitgeist em 20 de janeiro de 1988, época em que o Brasil saía da moratória e o mestre Mário Henrique Simonsen escrevia sobre a revolução que o CD estava trazendo à música.

11 de março de 2009

Safar

Manchete do Valor Econômico de hoje: CSU projeta se safar da crise e crescer em 2009.

Safar-se???

Isso não é gíria de estudande do primário? Ou com a reforma ortográfica aproveitaram para fundir o português falado com o escrito?

Melhor ainda é imaginar alguém projetando "se safar".

Como um aluno bolando um esquema infalível para colar na próxima prova sem ser pego.

Vou ficar de olho na perfomance da empresa. Quem sabe o Valor ainda publica uma manchete como "CSU não escapa da crise e se ferra em 2009".

5 de março de 2009

Ops

"Escândalo" desnecessário na areia: o pessoal tá chiando porque campanhas publicitárias do litoral espanholas, em duas oportunidades, utilizaram fotos de praias na Austrália e nas Bahamas como se fossem dos locais divulgados. Grande coisa, os publicitários pegaram umas fotos quaisquer no arquivo com mar e areia e mandaram ver na gráfica. Como se fotos tiradas no local realmente acrescentassem algo de fidelidade nessa 'Era do Photoshop' em que vivemos - na qual qualquer foto meia-boca pode ser transformada em algo atraente.
(Mas, claro, os publicitários podiam ter sido um pouco menos preguiçosos e usado fotos originais. Teria saído um pouco mais caro mas se evitava esse mico.)
O engraçado mesmo é que exista todo esse clamor público por "fotos de praia autênticas". Nessa era de cinismo midiático disseminado, é curioso que alguém tenha expectatividas de rigor factual nesses anúncios litorâneos pega-trouxa. Praia sempre é uma roubada, mas isso é especialmente verdade no mediterrâneo espanhol, cuja economia nos últimos anos viveu de vender residências de veraneio para ingleses e agora, com o estouro da bolha imobiliária, não tem o que fazer com tanto estoque sobrando.
Vamos a la playa, ô o ô...

Local Hero

Novo post do SJL: sobre as inescapáveis reportagens sobre “hérois locais”.

For editors, stories of local heroes are a win-win; easy stories to assign, usually comes with art that can make A1 and quenches the readers' demands. The only thing that can top a story of a hometown hero is a kid with cancer. Editors and readers can't get enough stories of kid with cancer!

Corra Lolo, Corra

A turma do lobby pró-corrida adora desfilar os benefícios da atividade: “libera endorfina”, “dá o maior pique”, “levanta o astral” etc. Beleza. Então porque após dar uma corrida de cinco km e meia hora na esteira, tudo que eu sinto é uma irrestível vontade de deitar em qualquer canto (pode ser embaixo da mesa) e tirar uma boa sonequinha? Not fair. Eu quero todo o “gás” (sem trocadilhos, please) que me prometeram!

Verão



O calor gera conseqüências terríveis para as pessoas. Veja o caso da atriz Maristela Lofrano, de 27 anos. Como reporta o G1, ontem ela não "resistiu" ao calor e colocou um shortinho. Mari, é uma tragédia que o calor te impeça de usar a roupa que quiser, quando quiser. Por outro lado, por que pôr uma calça em primeiro lugar, se o shortinho lhe cai tão bem? Aproveite essa lição trazida pelas altas temperaturas do verão.

4 de março de 2009

Comparação

Não deixa de ser uma ironia triste. Enquanto Steve Jobs sofre de uma misteriosa doença metabólica que o deixa cada vez mais magro e incapacitado para trabalhar, Stephen Wozniak – o outro fundador da Apple – vai todo pimpão ser a obesíssima atração da próxima temporada de Dancing With The Stars. Na média, os dois dariam uma pessoa saudável.

2 de março de 2009

Uau

Numa história de ficção, o episódio seria inverossímil. Mas saiu na última Economist: dois juízes na Pensilvânia foram presos após admitirem que recebiam dinheiro de uma administradora de presídios privados todos os dias em que sentenciassem crianças para penas em centros de detenção juvenil da mesma. Uma menina de 14 anos ficou em cana por nove meses após revidar um tapa numa colega. Uma de 15 pegou três meses por ridiculizar a diretora da escola no MySpace.  No seu julgamento, não teve direito a um advogado, apesar do direito constitucional de crianças terem um.  O esquema durou sete anos e rendeu US$2,6 milhões aos juízes. Antes do esquema chegar nesse ponto, os juízes receberam sua comissão para sancionar a construção de uma prisão privada, além de mais uma graninha para decretar o fechamento da prisão pública local. Por estarem cooperando com as autoridades, até agora os donos da cadeia estão em liberdade.

(A Economist põe a culpa no fato dos juízes serem eleitos no Estado, e dependerem de doações para suas campanhas de partes interessadas.)

I.A.

Isaac Asimov é o cara. Em 1969, David Frost lhe perguntou na TV se ele já tentara achar Deus. Asimov tentou fugir do assunto, mas depois respondeu: "Deus é muito mais inteligente do que - deixa ele me achar".

20 de fevereiro de 2009

Maratona

Ironia fácil. Propaganda da “Meia Maratona Internacional de São Paulo” mandada por email. O texto destaca:

“Inscrições Abertas. Novo Percurso passando pelo centro histórico de São Paulo. ( O percurso não será em looping ).”

O legal é a foto que acompanha, mostrando o pessoal correndo em círculo:

Por “percurso em looping” acho que eles se referem aquela manobra que os caças e o porco-espinho Sonic costumam fazer, dando um 360o em linha reta. Os maratonistas não devem ter ficado muito empolgados com a idéia.

Blossom!

Mayim Bialik era a nariguda bonitinha que protagonizou a sitcom Blossom de 1990 a 1995. Depois que a série acabou, ela sumiu: foi estudar neurociência na UCLA. Agora, aos 32 anos, terminou seu PhD e está retomando a carreira. Mais detalhes nessa entrevista ao AV Club. Taí um texto nostálgico para quem acompanhava no SBT essa sitcom levemente a frente do seu tempo.

19 de fevereiro de 2009

Bomba!

A Folha Online vem com uma manchete explosiva: Excesso de veículos causa congestionamentos em São Paulo

Acho que amanhã eles vão revelar que o Brasil sofre com a corrupção endêmica.

Mais Monstros

Continuando o post anterior: o drácula é meu monstro favorito. Uma figura trágica, condenada pela imortalidade a sugar a energia dos vivos para perpetuar sua própria decrepitude. Ao seduzir donzelas inocentes, é um artista ao mesclar Eros e Tanatos etc. etc. Como tantos já mostraram, dá para fazer boa literatura com o assunto.

Há muitos detalhes importantes que completam o personagem: fugir do alho, não refletir no espelho, dormir no caixão, caninos hiperatrofiados, fugir do sol: tudo isso é aceitável. A única coisa realmente absurda é se transformar num morcego e sair voando por aí. Aí é um exagero ridículo que podia ser excluído do canône.

Monstros Ltda.

Há um certo consenso sobre os integrantes do primeiro escalão de monstros ficcionais: Drácula, lobisomem, o monstro do Dr. Frankenstein, zumbis, fantasmas, alienígenas. Todos são escolhas confiáveis para fazer andar a história de um filme de terror.

Eu só não entendo o que os lobisomens fazem nessa lista.  A idéia de um cara se transformar numa espécie de lobo em luas cheias não é mais ridícula que um conde imortal sedento por sangue, é claro. O problema é que não há nada de realmente assustador no primeiro caso, por mais extraordinário que seja.

Encontrar um cara metade lobo no meio da rua vazia, no meio da noite, claro que não parece muito legal, mas encontrar qualquer lobo convencional no mesmo contexto seria tão desagradável quanto. 

O que de mais terrível um lobisomem pode fazer? Rosnar, morder, transmitir raiva? Toma uma vacina logo, dá uma coça no bicho, xô! passa daqui!, avisa o Ibama.

E o que ia acontecer com o lobisomem? A entrevista pro Fantástico ia causar sensação, claro. Ganharia algum dinheiro com comerciais e a autobiografia. Iria precisar de bons advogados e relações públicas para todos os episódios em que for acusado de morder alguém em noite de lua cheia. É uma perspectiva muito banal para um monstro de primeira grandeza.  Ninguém iria ficaria sem conseguir dormir por uma atração de circo.

Nova experiência

Opa, essa história de “novas experiências” não pega bem, mas no caso me refiro ao novo Windows Live Writer. Belo programinha para escrever posts offline. É sempre uma surpresa quando a Microsoft acerta uma.

Digestão

Está díficil escrever hoje. Não é novidade, mas a desculpa é boa: uma epopéia gastrônomica. Na ótima churrascaria argentina 348. A seqüência foi longa. Pães com alho quentinhos, lingüiças de chorizo picantes, empanada de carne com uvas passas, uma salada completa com alcaparras gigantes, um ojo de bife (o miolo do contrafilé) perfeitamente mal passado, um arroz parrileno e para completar, panqueca de manzana com castanhas torradas inesquecível.
O problema é agora ter que acompanhar acordado a digestão de tudo isso.

16 de fevereiro de 2009

O futuro do Jornalismo

Assunto divertido para comentar. Reportagem do WSJ mencionada pelo Gawker conta a história de Michael Precker. Formado em Columbia, correspondente no Oriente Médio por 11 anos, indicado ao prêmio Pulitzer. Em 2006, preocupado com a crise no setor, decidiu largar o jornalismo para gerenciar as comunicações de um clube de strip-tease.
No Lodge, ele escreve press-releases e cuida das propagandas. Até fez um novo slogan: "For the finer things in life." (Subsituindo "Where a man can be a man.")

13 de fevereiro de 2009

Veja bem

Veja bem, a combinação de quatro noites seguidas de pouquíssimo sono com quatro cafés espressos seguidos não funciona na prática tão bem como pode parecer na teoria. A cafeína não anula simplesmente o sono, apenas deixa o cara com o mesmo sono só que mais zonzo, incapaz de se concentrar mais seriamente.
Com isso completo minha série: achar uma desculpa diferente todo dia para não escrever de verdade! Ganho 500 pontos e disparo no ranking global da procrastinação.
Amanhã vou estar legal e preparo uma piada elaborada sobre pessoas que arriscam a mão em portas de elevador pelos colegas. Aguardem.
Querem mais um páragrafo incoerente sobre o que me levou a dormir um total de 20 horas nas últimas quatro noites?

12 de fevereiro de 2009

Perdeu!

(Esse post é para todas as pessoas que não assinam o blog do Jon Wertheim.)
Olha o que você perdeu na edição dessa semana:

O que faz tenistas desistirem da aposentadoria:
A few years ago, I was talking with Martina Hingis about her "un-retirement." She essentially said that at first you love the break. You wake up when you want, eat what you want, start a relationship without worrying what happens when you leave for that Asia and Australia swing for six weeks. But eventually, this reality bites: you can ski, but you'll never be a world class skier. You can commentate but you'll never be the best. Eventually you gravitate back to your true gift.
Porque Nadal, gladiador implacável dentro de quadra, é um cara tão gente boa quando o jogo acaba:
But I think the biggest influence is Uncle Nadal, or "Uncle Hard Ass," as Pete Bodo and I have taken to calling him. I think the Republic of Tennis has grown skeptical of the relative-cum-coach. But in this case, the player's uncle not only possesses a first rate tennis cortex, but also is one of the coaches who shapes lives. At an early age, he impressed upon Nadal that "just because you can hit a tennis ball well doesn't mean you're better than anyone else."
As Nadal ascended the org chart, there was uncle to make sure the kid stayed humble. A promoter offers to fly Nadal and his camp to a tournament. No thanks, says Toni, we already bought train tickets. Nadal goes to the practice courts at the 2008 U.S. Open and realizes he's forgotten his water bottles in the locker room. Never mind the eager volunteer happy to assist the tournament's top seed; Uncle T. (Raffa = Christopher Moltisanti?) makes his nephew run back and get it. A doctor offers to see Nadal immediately; no, says uncle, he'll take a seat in the waiting room like every one else.
You could write an entire chapter about Nadal's pleasant off-court personality and how jarringly at odds it is with on-court ferocity. But give the kid his due. He not only challenges Federer's skill but also gives him a run in the mensch department.
Que fofo:
Don Maddigan of St Simons Island, Ga.: I know Federer has many well-wishers for a return to form in 2009. Not the least of whom is my three-year-old son who twice last week during bedtime prayers asked God to bless Federer. I also heard him refer to Federer as Feddy-poo.

11 de fevereiro de 2009

Meta Moment

Hoje fiquei orgulhoso dos meus colegas de trabalho. Eles sempre arranjam um apelido memorável para as mais bonitinhas do escritório (é um assunto levado a sério nessas redondezas), mas ultimamente estavam tendo dificuldade em batizar uma morena mignon de olhos verdes do jurídico.
Ao contrário de beldades como a "Eva Green" "(pele branca, cabelo negro, olhos azuis, arrasadora no polêmico "Os Sonhadores") ou a "Quarto-de-Milha" (melhor não tentar explicar), essa em questão continuava sem apelido - como alguém comentou. O que o outro respondeu de pronto: "então essa é a sem-apelido! Taí o apelido dela". Bela sacada para um pessoal que só cuida de números, né?
Agora falta ver se o meta-apelido vai colar, sendo lembrado quando meus vizinhos de mesa começarem (apesar da minha vigorosa objeção) a próxima sessão de especulativas divagações sobre estado civil, atributos físicos, afinidades eletivas e variadas aptidões dessa e das demais colegas de trabalho.
Claro que elas jamais "are supposed to know" seus apelidos, e a turma, mesmo os "mais"solteiros, jamais tenta puxar papo com elas mesmo. Se bem que um prometeu que, após cortar o cabelo após o expediente de hoje, iria tentar uma abordagem amanhã. Afinal, alguém lembrou, as vezes "o trem só passa uma vez na estação" etc. ... E eles já ficaram desconsolados o bastante com a saída da Eva Green do escritório na sexta passada.

10 de fevereiro de 2009

Passado condena etc.

Começo de carreira nunca é fácil. Como no caso de Evangeline Lilly (a gatinha de Lost), relatado no IMDB:
In 2003, she was cast in several commercials for a dating hot-line called "LiveLinks". The late-night ads ran for over two years on basic cable channels, even after she made it big on ABC's hit drama "Lost" (2004). During a guest spot on "Late Show with David Letterman" (1993), David Letterman embarrassed the actress by playing one of her commercials on the show.

Stop!

Não vou escrever mais. Daqui pra frente, vou só ficar linkando o Guilherme Fiuza. Não precisam me agradecer.

No mais, o balanço do evento foi altamente profícuo, como sempre, cheio de lições valiosas para a humanidade: foi declarada a vitória do Fórum Social sobre o Fórum de Davos; discutiu-se a importância da soberania alimentar; concluiu-se que os ricos são os culpados pela crise de civilização e devem pagar por isso; deliberou-se que a guerra é ruim e os palestinos são legais.

Será tudo escrito com pilot colorido em cartolina e entregue à tia Dilma. Ela dará 10 para todos, esperando que tio Lula dê 2010 a ela.

Link

9 de fevereiro de 2009

Opa

Queria colocar aqui um texto cheio de humor, suingue e molejo, mas escrever na segunda-feira a tarde ninguém merece né? Por isso, olha só, como se não faltassem blogues para ler, acabei de adicionar mais um, do Guilherme Fiúza. Olha que pérolas, Farra Social Mundial e Palmada no Bumbum. Disse tudo.

Hehehe

Mais uma notícia bizarra. Cansado de ser espremido por bancos reclinados em sua direção, esse cara adotou uma medida drástica: encaixar uma garrafinha entre a mesinha e o encosto do cara na frente e travar sua descida.
Simpático? não. Útil? bastante...

Sarah

Morreu agora em fevereiro, aos 19 anos de idade, a gata de Scott Adams, Sarah. O relato do dono é tocante.

Pára tudo

Itens não lidos em inglês: 786. Itens não lidos brasileiros: 615. Itens não lidos na pasta secundários: +1000. Eu que estou lendo pouco ou os 119 blogs/sites que acompanho estão publicando demais? Desse jeito não vai dar para continuar.

6 de fevereiro de 2009

Spy World-Famous

Agora o The Onion divulga uma lista dos artigos mais impopulares (além dos mais populares, comentados e enviados por email). Conceito intrigante. Queria saber como calculam. O que apareceu hoje na lista:
MONTE CARLO—Despite having a job that demands total anonymity, Colin Richards, Great Britain's number-one field operative, has somehow built a reputation as a playboy and bon vivant of world renown. "All I can say is, he must be really incredible at sneaking into places, considering everyone knows what he looks like," Monte Carlo casino owner Nigel St. Clary said. "Can you imagine how great a spy he'd be if he were unknown?
Spy World-Famous | The Onion - America's Finest News Source

Pânico

Gente, não entrem em pânico, mas as vendas de carros nos Estados Unidos em janeiro foram de 657 mil unidades, uma queda de 37% em relação a janeiro do ano passado. É o pior resultado de janeiro em 26 anos e, o mais incrível, um número que certamente vai ser menor do que o das vendas de carro na China no mesmo período, que devem cair apenas 8% para 790 mil. Um período tão curto não tem necessariamente tanta importância, mas é um fato inédito. E já tem gente projetando que o mercado chinês vai superar o americano no total do ano. Confirmando isso, daí sim poderemos decretar o fim da civilização ocidental e começar a plantar arroz e criar galinhas para nossos novos mestres comunistas.

4 de fevereiro de 2009

Alerta

Uma das coisas que mais causa o fim das atualizações em um blog é o autor passar a perceber que só escreve besteira e não faz sentido algum continuar perdendo tempo com isso. Ou seja, se alguém quer continuar escrevendo, precisa parar de se preocupar com coisas como qualidade, fluência e criatividade.
A autocrítica é inimiga do autor prolífico. Preocupe-se menos, e seja um blogueiro mais feliz e produtivo.
Aliás, como o espaço no blog é ilimitado, deixe a preguiça de lado e escreva bastante. Essa tal de concisão é um fetiche dos elitistas.
Na verdade a concisão esconde dos seus leitores a maior parte do que você pensa sobre um assunto. Se você sentar e escrever dez mil palavras sobre um assunto qualquer, tipo sua banda favorita, você vai produzir um monte de comentários incoerentes, contraditórios ou irrelevantes. Ao cortar o que é “supérfluo” (conceito ilusório) para deixar o que é mais importante e coerente (ilusões também), na verdade você está photoshopando suas idéias! E isso é feio.
Por isso, apenas escreva. E não revise. Deixe seus textos se transformarem num fluxo de consciência sem filtros nem travas. Você vai ser um blogueiro mais feliz e produtivo ainda.
Mais uma dica E-E-E-Eurodancer (sons de raio laser remixados ao fundo). Por que afinal, uma coisa que anda em falta é texto ruim, longo e não revisado na internet. Pelo menos eu estou fazendo minha parte. E você?

A Cebola de hoje

"Cara com garganta arranhada vai ao cinema". Antes ele tomou um copo de leite integral e instalou o ringtone de "la cucaracha" no seu celular. Vai levar juntos seus amigos: uma senhora de 87 anos que não acompanha bem a trama e um bebê de dois meses com cólicas. Depois ele pretende passar algumas horas na biblioteca. Aqui o link, se quiser ler de novo, e em inglês.

Blog com nome novo

Brendan Flowers fez a grande pergunta: Are we human or are we dancer?
Refleti muito e decidi: eu sou dancer. Mais que isso, um eurodancer. Muito mais seletivo. Bom gosto é tudo. Junte-se a nós. Como decretou DJ Bobo: There is party. Open your heart. We gonna start it. Welcome at the beach. This for you, just for you.

21 de janeiro de 2009

Customização

O site do Banco Real permite aos correntistas escolherem um “apelido” pelo qual gostariam de ser “chamados” pelo site. Clássico sintoma de quem não entende como funciona a usabilidade de interfaces gráficas no computador e tenta improvisar com conceitos tradicionais do mundo offline. (Em resumo: você quer um site com navegação claríssima, consistente e previsível que facilite o acesso as informações relevantes em cada contexto, e não tente chamar a atenção para si mesmo com distrações tipo mensagens “Bom dia Fulano!!!”.
Por isso não perdi a chance de caprichar no meu apelido: Sexy Island Monkey – o mico sexy da ilha. É a única chance de ver engraçado na hora de ver o saldo da conta. E sempre fico na expectativa que alguma gerente/telefonista do Banco ainda vai me ligar no meu celular falar com o Sr. Sexy Island Monkey. Prometo postar o diálogo aqui, se conseguir gravar a conversa.

20 de janeiro de 2009

Temas importantes

Um vício: aparece uma idéia legal para escrever. Em vez de preparar o texto, eu guardo ela para depois, pensando que ela é boa demais para desperdiçar com um texto qualquer "agora". Penso sempre: depois (sempre depois), vou poder preparar um texto muito melhor a partir dela. O resultado é um só: acumulo uma pilha interminável de coisas sobre as quais gostaria de escrever, enquanto o blog continua essa pobreza.
E o drama não tem fim. Em vez de estar trabalhando justamente numa idéia legal, olha aqui eu, perdendo tempo para explicar essa mania de deixar o melhor para o final...

15 de janeiro de 2009

Morreu Patrick McGoohan!

Number Six nunca será esquecido.

Camiseta



Ei, que vem vai desperdiçar a chance de vestir uma camiseta tão irônica no seu bebê: THIS DAYCARE IS A FUCKING JOKE (ESSA CRECHE É UMA M...). Tem nos tamanhos 6/12 meses, 12/18, 18/24 e 2 anos.
É baratinho, US$15,95. Aproveite e leve junto a "Eu arruinei uma banda de rock perfeitamente boa".
Os avós vão ficar chocados, mas seus filhos um dia vão agradecer.

14 de janeiro de 2009

Anúncio

Eu tenho essa mania de ficar linkando artigos do McSweeney's com uma freqüência talvez excessiva, mas não dá para resistir: a mistura de cultura high-brow com humor besteirol que eles fazem é difícil de superar. Como nesse anúncio pessoal de Narciso num site de relacionamentos (hehehe):
I'll start with a little bit about myself. First off, I'm handsome. Very handsome. So handsome, in fact, that people have called me "beautiful" and "gorgeous," terms typically reserved for beautiful women. That's how good-looking I am. Whatever. I don't want to get into which term of beauty best describes my attractiveness, but, rest assured, you will not be disappointed. (I know I never am.)

9 de janeiro de 2009

Resultados

Federer acabou de perder pro Murray, e isso me deixa particularmente muito frustrado. O motivo não é muito nobre: não me incomoda propriamente que o Federer perca (nem que o Murray ganhe) mas sim que a maior trajetória de títulos e recordes em curso atualmente no tênis seja interrompida. O que me interessa é que Fed supere as marcas de Pete Sampras: 270 semanas como número 1, 14 Grand Slams, 65 títulos, levar Roland Garros, fechar um Grand Slam no ano-calendário etc. . Acompanhar essa evolução dá um puta trampo. Faz cinco anos e meio que ele vem construindo o argumento de ser o melhor tenista de todos os tempos. Não tem graça nenhuma quando aparece um moleque talentoso e cheio de energia capaz de derrotá-lo por uns tempos e assim atrasar esse processo mais um pouquinho. Principalmente porque logo depois esses moleques de algum modo perdem o embalo e viram mais um mero top 15 acomodado. Veja o Nadal, por exemplo, outro cara que está com essa mania de ganhar finais do Roger e virar número um: até quando o joelho e o pé agüentam? Ou, mesmo que agüentem, qual vai ser a competitividade do cara quando perder um pouquinho da velocidade e da força descomunal de que depende para atropelar adversários? Se alguém quer ser o novo número um, por favor, que seja para valer, e demonstre, como o Roger, ter o talento, a técnica, o condicionamento, a inteligência, a força física, a força mental, a determinação, a agressividade e a saúde necessários para jogar no topo durante mais de meia década e estabelecer marcas dignas de um maior jogador de todos os tempos. Se não, por favor, parem de ficar atrapalhando. Tem gente querendo testemunhar o desenrolar da história do tênis.

Campanha criativa

Whopper Sacrifice. A Burger King quer saber: você abriria mão de 10 amigos no Facebook em troca de um Whopper? (hmmm.)

Genial, simplesmente genial

8 de janeiro de 2009

Um comentário

Nathan Rabin, sobre Owen Wilson (num review de mais um filme ruim qualquer - são tantos - dele que ninguém viu):
(...) But the moment Owen Wilson signed to play the male lead, the film stopped being an Elmore Leonard movie and became an Owen Wilson movie.
Wilson turns Leonard's protagonist—an ex-con petty criminal memorably named Jack Ryan—into a loveable goof. Then again, Wilson turns every character he plays into a loveable goof. If Wilson were to play Joseph Goebbels, audiences would wind up thinking, "Wow, I never knew Hitler's chief propagandist was such an amiable slacker."

O escolhido pelas pessoas

Nem sei bem quem eram os concorrentes, mas eu acho que venceu o melhor. E o cara "mandou bem" na hora de agradecer o troféu:
Joining his cast-mates and producers on stage to accept the award, Laurie joked: 'I have no idea who these people are.
'This is just a small representative sample of the 200 or so people who worked so hard to make the show. They couldn't all be here because this is all the tuxedoes we've got.'
He added: 'This is a significant number because this is exactly the number of people who watched the show when it started going out five years ago.'

7 de janeiro de 2009

Links

Cada um pode escrever o que lhe der na telha em seu blog. Mas se quiser atrair e manter leitores, receber comentários e links em outros sites e sobretudo ser um membro respeitado na blogosfera, precisa seguir princípios mínimos de etiqueta e educação. Por isso é tão chocante ver um blog legal publicar um texto que não passa de um resumo de uma ótima reportagem recentemente publicada num jornal norte-americano sem dar o mínimo crédito.
Talvez tenha sido uma mera distração ou atropelo por falta de tempo, até porque o post de modo algum tenta esconder a origem do artigo, ao terminar com uma citação copiada diretamente do artigo original - ainda em inglês! Se for esse o caso, é até mais um motivo para se providenciar o link ao texto original, independente de outras considerações éticas, não só para dar mais credibilidade ao post, mas também para permitir aos interessados lerem a versão completa do artigo, redigida com muito mais preparo (por um autor de um bestseller aclamado no assunto). Também não é o caso de se criticar um blog por publicar tal resumo, muito pelo contrário. O assunto realmente é curioso, e o blog está fazendo um serviço útil ao divulgá-lo para mais pessoas.
Blogs existem para dar circular idéias rapidamente e por isso que é normal encontrar neles textos escritos de maneira mais apressada ou informal. Blogs podem cometer mais erros um jornal de grande circulação, é óbvio. Mas é por isso mesmo que os blogs precisam se preocupar até mais do que os jornais em citar fontes, de modo que nessa “circulação” de idéias a informação não seja truncada. Mais que isso, blogs nasceram para ser lidos na internet, e as fontes não precisam ser mencionadas em intermináveis notas de rodapé: basta fazer um link ao artigo original.
Porque em última análise é disso que consiste a internet: a geração contínua de links. Um blog precisa citar & linkar suas fontes simplesmente porque precisa que outros sites o citem & linkem também de modo que ele possa efetivamente existir na blogosfera e estabelecer sua audiência, relevância e reputação.
E nesse sentido, até mais importante do que mencionar o nome do autor do artigo e o jornal em que foi publicado, o blog tem que, quando for o caso, mencionar a fonte imediata em que encontrou a referência ao assunto, talvez outro blog. Como deve ter sido o caso nesse episódio. O resumo foi publicado cinco dias depois de o artigo original sair, curiosamente o mesmo dia em que o artigo havia sido mencionado, horas mais cedo, em um blog que justamente se destaca há tempo por diariamente pinçar links interessantes das mais diferentes publicações internacionais – e sempre menciona quando recebeu o link de outra pessoa.
Espero que tenha sido uma mancada excepcional do autor do blog, que por causa de resumo definitivamente não merece ser citado nem linkado. De qualquer forma, aqui vai o link do artigo original, que vale a pena ser lido.

Journalists

Ótimo blog: stuff journalists like. Inspirado no célebre stuff white people like, mas mais ácido:
Why do journalists like jargon? Because while it's true that many reporters are learned people, a good number of working, daily-grind journalists graduated from college with a major that probably didn't require much class attendance or brain power. History. American Studies. Liberal Studies. Sociology. And the granddaddy of all the questionable majors, Communications. It comes down to journalists wanting to sound like they actually learned something in college between the keg stands and drug binges.
(Esqueci de onde veio a dica)