30 de outubro de 2008

Manufatura

Podemos estar vivendo numa era pós-industrial, mas o apelo de produtos designados 'industriais' é maior do que nunca.
Como exemplo número 1, temos o iPod, que a Apple faz questão de vender como um marco de design industrial. Com isso, eles querem que o produto deixe de ser tratado como um mero objeto de consumo mais ou menos descartável para ser promovido ao status de uma pequena obra de engenharia, da qual se destaca a extrema facilidade de uso, a perfeição do design e o capricho nos acabamentos e materiais. As dimensões do aparelho, seu peso, as escolhas de materiais e texturas, a obsessão em simplificar a interface, a preocupação com os detalhes e a coerência do conjunto, integrando estética e usabilidade: tudo contribui para transformar o iPod num produto diferenciado. Graças à robustez do seu design industrial. É interessante ver o artigo da wikipedia sobre a origem do termo, mencionando a Deutscher Werkbund, uma associação alemã de arquitetos, artistas, designers, engenheiros e fabricantes fundada em 1907 para aumentar a competitividade dos produtos alemães que acabou vindo a ser uma precursora do movimento Bauhaus e da arquitetura moderna. Enfim, a ligação é bem implícita (como teria que ser), mas o foco em "industrial design" acaba colocando o iPod em companhia da vanguarda do design do século XX.

Industrial-grade (nível industrial) também é um ótimo adjetivo. Qualquer produto ou insumo, por mais banal que seja (borracha, químicos, diamantes, alumínio), ganha um outro tipo de apelo se é vendido como uma versão de nível industrial. Passa a impressão de que é um produto 'de verdade', com robustez o bastante para aguentar a duríssima rotina de uma linha de montagem pesada. Podemos estar falando de um óculos, um notebook, uma mochila etc. Enquanto os produtos 'standard' são acessórios decorativos que servem para qualquer frutinha passear no shopping, a versão industrial é coisa de macho, é um equipamento de trabalho e sobrevivência, que precisa confiar no seu equipamento em situações-limite (manusear peças de aço de várias toneladas, escavar túneis a quilometros de profundidade, conduzir operações da SWAT, testar carros de corrida, entrar em órbita com um avião experimental, consertar um mastro no meio do oceano, numa tempestade etc.).

Olha como a Oakley promove sua linha de produtos industrial-grade:
Decades of Oakley research have achieved performance innovations for the world's best athletes. In the process, we have raised the bar of durability and protection, and our inventions now serve the industries of health, safety and defense. Categories include eyewear that protect against extreme impact and laser light; fire-resistant gloves utilized by professional race drivers; and footwear developed for combat, motor sports and environmental extremes. Oakley's Industrial division innovates product technologies for those whose lives depend on their gear.

Grandes Figuras



Gina Bianchini

  • Nascida em 1973 na California
  • MBA em Stanford, passagem pela Goldman Sachs
  • Atual CEO da Ning, companhia de internet na área de redes sociais, fundada por Marc Andreesen (inventor do browser)
  • Gina e Marc já foram namorados, anos atrás
  • Classificada como uma Web 2.0 Hottie pelo blog Valleywag

Jazz!

Matt Savage é um jovem autista de Nova York que toca Jazz. Criança-prodígio do piano, foi chamado de "Novo Mozart" por Dave Brubeck e foi alvo de enorme curiosidade desde os oito anos de idade. Semana passada fez uma apresentação no "Cachaça Jazz Club", tocando standards e composições próprias. A jornalista do WSJ gostou bastante: "foi a chance de observar o amadurecimento musical de um pianista fenomenalmente talentoso e compositor que merece ser levado a sério em termos puramente musicais". Vale a leitura. Dica do Ricardo Lombardi.

29 de outubro de 2008

Procras...

Todo mundo adora falar mal da procrastinação. Mais que isso, dizem que deve ser combatida, porque o importante é fazer as coisas, agora. E terminá-las assim que possível. E logo em seguida começar outra... Qualquer desvio desse padrão é condenado: não fazer nada, demorar para começar, deixar para amanhã, fazer outra coisa menos desagradável...

Claro que há algum mérito no combate a procrastinação, mas acho que há um exagero na dose ao se deixar de lado os aspectos positivos desse hábito de bilhões de pessoas todos os dias. Deve ter tido algum valor evolutivo na história humana.

O problema é que a procrastinação acaba ganhando uma reputação terrível por causa de uma assimetria irônica: os críticos do comportamento estão sempre produzindo seus manifestos em prol da produtividade pessoal, tec tec tec, trabalhando sem parar. Os procrastinadores até cogitam publicar eulegias da nobre prática, propor uma visão alternativa mas acabam deixando para depois, e com isso perdem espaço junto à opinião pública. Pensar que a procrastinação ganharia muito mais espaço com um pouquinho de esforço não deixa de parecer um belo parodoxo.

80 e eu

Eu fico irritado com esses late adopters, que resolveram virar nostálgicos pela década de 80 só agora que está na moda. A minha nostalgia é muito mais tradicional: desde 94 eu sabia que a década de 90 não ia dar em nada de bom mesmo (Grunge? Tarantino? Teletubbies? Ethan Hawke? Eww) e o lance era relembrar os bons momentos da década “perdida”. Se bem que eu acho que esse meu texto já ta meio datado, e a nostalgia 80s já saiu/está saindo de moda. Não tenho nenhuma estatística para sustentar essa opinião e nem sei se algo assim existe. (Quem sabe um gráfico mostrando a evolução dos membros de comunidades no Orkut a respeito do palhaço Bozo pudesse ser um indicador, ou do Cansei de Ser Sexy).

Na verdade, a grande lição é que é possível digitar um monte de frases, e mesmo assim não escrever nada. Como agora.

Resumo do artigo:

- Anos 80: legais (Tears for Fears, Blade Runner, Armação Ilimitada, Magnun PI)

- Anos 90: overrated.

- Primeira década do Século 21: vai ser melhor avaliada pelos nossos filhos ou sobrinhos

- Electroclash: fenômeno musical fictício, inventando pelos cadernos culturais paulistanos para encher lingüiça no vazio das terças e quartas feiras

- “Cena” Clubber: útil só para sediar núcleo jovem de novela das oito urbana rodada em São Paulo. (Com Victor Fasano como o pai de uma das adolescentes)

Palavras-chave: drag queens; contracultura; constituição cidadã; Habermas; Ferrugem; Polegar; A-ha; Erica Palomino.

Whoops!

Something went terribly wrong...

Eric

Depois da sua extensa e seríssima luta contra o alcoolismo (descrita em detalhe na sua autobiografia) Eric Clapton deve achar estranho se lembrar de ter posado para comerciais de cerveja, como esse.

Trecho do Sullivan

In fact, for all the intense gloom surrounding the news-paper and magazine business, this is actually a golden era for journalism. The blogosphere has added a whole new idiom to the act of writing and has introduced an entirely new generation to nonfiction. It has enabled writers to write out loud in ways never seen or understood before. And yet it has exposed a hunger and need for traditional writing that, in the age of television’s dominance, had seemed on the wane.

A.S.

Andrew Sullivan afirma que o blogueiro tem que ser espontâneo e imediato. Por isso mando agora o link de "Por que eu blogo". Como é típico dele, é muito, muito bom. Dica dos links do Eduardo Carvalho.

28 de outubro de 2008

Foreigner

Ninguém dá muita bola pra banda de arena rock Foreigner (Waiting for a Girl Like You, I Want to Know What Love Is, Cold as Ice etc.), mas é impressionante a rotatividade dos integrantes. Além dos cinco membros atuais (dos quais apenas o guitarrista Mick Jones está desde a fundação), a banda já contou com outros 23 músicos desde a fundação em 1976. Considerando que dessa turma, 7 entraram e saíram mais de uma vez na banda, conclui-se que o Foreigner já teve 30* formações diferentes, quase uma por ano. Não sei se isso é um recorde, mas é uma marca impressionante. Algo me que diz o clima dentro da banda não deve ser dos melhores. Quem sabe adotando práticas motivacionais inovadoras, um pacote de benefícios mais completo (um bom plano de saúde), salários em linha com o mercado e um estilo de liderança participativo, os gestores do grupo poderiam aumentar a motivação e retenção de pessoal, com impacto positivo na produção musical desse importante ícone do rock corporativo. Podemos ter certeza que contando com um time empolgado e unido, o Foreigner teria todas as condições de voltar a dominar as paradas de sucessos com seus melódicos hits cheios de pegada, como acontecia no final da década de 70 e início da década de 80.
* Fonte: artigo da Wikipedia.

27 de outubro de 2008

Essa

Essa eu não entendi. O que leva alguém a pichar "Fora Bush" numa esquina da Avenida Santo Amaro com uma rua qualquer de Moema (seria a Graúna? ou a "Inhambu?" Existe a Inhambu? É legal?), no muro de um escritório de advocacia meio caído (imagino que deve ser meio caído, afinal fica numa esquina da Santo Amaro, a única coisa que dá certo na Santo Amaro é auto-mecânica e botequim).
Mas voltando ao tema. É plenamente compreensível que a popularidade do presidente Bush esteja em baixa junto a segmentos da população que costumam pichar esquinas das avenidas da Zona Sul de São Paulo - Bush deve ser no momento impopular junto a quase todos os segmentos da população do mundo, independente dos respectivos hábitos de pichação. Também é natural que pichadores concentrem seus esforços em mensagens de protesto, deixando manifestações de apoio ou encorajamento para mídias menos reprimidas pelas forças policiais.
Mas nada disso explica a motivação por trás da pichação. Primeiro, não está claro da onde se quer expulsar o Bush. A região de Brooklin/Moema fica a milhares de quilômetros fora da fronteira americana. Se a moçada quer mesmo protestar contra as políticas do governo americano, que vá pichar os muros perto da Casa Branca ou que seja do rancho particular de W. em Crawford, Texas.
Mais que isso, a probabilidade de que alguma pessoa com poder de mover um processo de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos costume passar diariamente pela Santo Amaro (sentido bairro-centro) é menor do que achar armas de destruição em massa no Iraque. Mesmo que algum congressista norte-americano, por remoto acaso, use a Santo Amaro de carro, moto ou ônibus no seu transaldo casa/trabalho/facul/casa da namorada (!!), é improvável que ele elencasse a prerrogativa constitucional de questionar o chefe de governo do executivo estadunidense e abalar a distribuição a separação de poderes em curso há dois séculos por causa da influência de uma manifestação gráfica feita com tinta spray numa metrópole da América Latina. O fato da letra "O" de "fora" ter uma linha vertical no meio (para dar um aspecto gótico? nórdico??) não aumenta em nada o poder de persuasão da mensagem.
(Não deixa de ser intrigante que os pichadores não dediquem sua energia contestatória a alvos mais próximos. Por que ninguém picha "Fora Lula"? Seria pelo menos um pouco mais pertinente no sentido geopolítico.)
A verdadeira questão do piche (que muita gente prefere denominar "grafite" e tratar como uma "forma de arte") é sua relação complicada com a democracia. Bush, para todos os efeitos, foi eleito democraticamente duas vezes, e terá seu mandato encerrado em poucos meses, quando será escolhido seu sucessor pela população dos EUA através dos colégios eleitorais. Se alguém quer participar do processo, é só se tornar um cidadão daquele país, e comparacer à votação no começo de novembro. (Nem precisa viajar até os EUA, ao contrário dos eleitores brasileiros, eles podem votar no consulado/pelo correio). Para mim, parece um procedimento muito mais saudável do que sorrateiramente começar a impor palavras de ordem nos espaços públicos de uso coletivo.
Essa questão de "Fora Bush" pode parecer inconseqüente, mas não é. Basta lembrar dez anos atrás, quando os baderneiros preferiam clamar por "Fora FHC", desrepeitando a ordem institucional e a vontade legítima da maioria. FHC cumpriu seu mandato, e foi embora para casa (no Higienópolis, longe da Santo Amaro). A turma da pichação sorrateira e autoritária continua aí.

Minha ONG

Se eu tivesse que escolher uma causa pela qual lutar, eu escolheria o combate à poluição sonora e os volumes excessivamente altos. Lutaria apaixonadamente pela saúde auditiva coletiva, enfrentando os poderosos interesses do barulhento status quo. Minha organização poderia se chamar Quietpeace e, nem precisa falar, nas manifestações seriam proibidos cornetas e megafones.
Aliás, uma das primeiras campanhas poderia ser contra a fabricação e a venda de cornetas, apitos e sirenes em geral.

Lágrimas

Poucas coisas podem fazer um homem chorar com tanta eficácia como uma pequena quantidade de filtro solar escorrendo dentro do olho.

Revistas

Quando vou cortar o cabelo, são sempre grandes as chances de ter uma revista VIP ou Playboy entregue no meu colo. Nunca sei ao certo qual estou lendo. Excetuando a contagem de pêlos pubianos (e mamilos, acho), são a mesma coisa. Aposto que nem existem duas redações distintas. Os mesmos textos (se é que podemos usar essa palavra) provavelmente são aproveitados em cada revista, no máximo com um ou dois meses de diferença. Vai ver que até as fotos são tiradas nas mesmas sessões, e o próprio Photoshop separa automaticamente as fotos conforme a intensidade de exposição íntima.

Generic Link

De acordo com cientistas, os chimpanzés utilizam não só as imagens dos rostos para reconhecer os outros: os traseiros são igualmente importantes. O blog que deu o link especula se o fenômeno não tem paralelo entre os humanos, afinal, compartilhamos 98% do DNA com os chimpanzés. A notícia até seria interessante e engraçada, não fosse a certeza de que o assunto vai acabar virando piadinhas óbvias no Programa do Jô ou uma notinha na Playboy/VIP.

Tood

O Tootledo mostra que eu tenho 80 (oitenta!) coisas a fazer. E a semana mal começou... Vamos ver no que isso vai dar.

UPDATE
O segredo, desconfio eu, é começar do proverbial começo, e ir terminando uma coisa de cada vez. Primeiro, limpar o inbox do trabalho, depois o inbox pessoal, depois juntar no to-do-list coisas que faltam e daí partir das coisas mais fáceis para as mais difíceis. Mas antes, uma xícara de café (na verdade é um copinho de plástico mixuruca) e uma lavagem grátis no óculos.

22 de outubro de 2008

15 de outubro de 2008

Nobel

Uma coisa interessante sobre o prêmio Nobel é que ele combina um atestado de prestígio ímpar com uma bolada de dinheiro à vista. Aposto que quase todo mundo já daria pulos de alegrias ao ganhar um dos dois. Assim, é de se perguntar se a Fundação Nobel não pode estar desperdiçando recursos: talvez simplesmente conceder o prêmio Nobel e esquecer toda essa história do milhão de dólares não teria maiores conseqüências. Os ganhadores continuariam registrando seu nome na história e se destacando mundialmente em seus campos de atuação. Decerto, eles nem se incomodariam de viajar para Estocolmo para ganhar apenas um trofeuzinho dourado fajuto como o Oscar e tomar de de graça uns drinks na festa depois da cerimônia.
A questão que se pode colocar é se o Nobel continuaria sendo tão importante caso parasse de dispensar essa grana, ou se transformaria em mais um prêmio inócuo como o Troféu Imprensa do Sílvio Santos ou as eleições do mais sexy do mundo da VIP e IstoÉ Gente... Afinal, fazer uma cerimônia anual para distribuir meia dúzia de prêmios é fácil, é ao entregar junto um cheque polpudo que você transmite mais convicção sobre a contribuição dos premiados para a respectiva categoria (paz, economia, biologia etc.).
Por outro lado, há algo de incongruente em misturar contribuições à ciência ou à humanidade com gratificações monetárias. A ambição de querer ganhar um milhão de dólares combina mais com participantes do Big Brother e moleques metidos brincando com ações do que com cientistas investigando a origem da vida ou figuras históricas como Nelson Mandela, Madre Teresa de Calcutá etc. Mas aí fica muito subjetivo. Quem garante por exemplo o que o Nelson Mandela escolheria - postulo hipoteticamente - tivesse ele a chance, entre a) ficar 27 anos na cadeia e se tornar um ícone do fim do apartheid ou b) começando com uma participação num reality show, se tornar uma celebridade de 3o escalão da Globo? Ou, mais um exemplo extremo, será que o Dalai Lama, nos tempos de estudante, nunca pensou em deixar de lado o fato de ser a reincarnação do Buda para cursar administração, fazer o application do MBA em Wharton, ir trabalhar em Investment Banking etc.?

14 de outubro de 2008

Cafés e coragem

Todo mundo acha o fim da picada quando alguém derruba um copo cheio de café na mesa. É compreensível, ninguém gosta de ver um líquido quente e escuro se espalhando por toda a área de trabalho, molhando teclados, manchando papéis, queimando colos, deixando a mesa grudenta e o carpete manchado e mal-cheiroso. Mas antes de se condenar o autor do acidente imediatamente - "cuidado,seu animal!", "ui! que nojo!" etc. - vale a pena avaliar se não se está cometendo uma injustiça. Pense bem. Uma pessoa que consome 3, 4, 5 copos de café por dia útil está potencialmente levando para a mesa mais de 1.300 copos cheios para a mesa durante um ano de trabalho. Antes de criticar alguém por derrubar seu terceiro copo de café sobre a mesa, não custa lembrar que ele (ou ela) está performando com uma taxa de acerto sobre-humana de 99,8%. Neurocirurgiões não acertam tanto. Pilotos de aviões comerciais são menos confiáveis. E eles não enfrentam os desafios que bebedores freqüentes de café precisam superar o tempo todo no turbulento ambiente de escritório moderno, cheio de fios, cabos elétricos (do mouse, do celular, da rede, do telefone etc.), cadeiras, pastas que ficam se mexendo de maneiras imprevisíveis.
Então, pense nisso: antes de xingar o colega que acabou de derrubar um quinto de litro de café açucarado na sua bolsa, tente levar em conta a coragem dele (ou dela) nessa situação, superando todas as barreiras (como a proibição do RH de beber na mesa) e perigos (de receber um puxão de orelha formal do mesmo RH) em função do seu amor (ou dependência) ao café. Mas pense rápido, e corra em direção a copa, e traga bastante papel toalha para tentar consertar o estrago.

13 de outubro de 2008

Mudança

Gente, se por causa de uma mudança, o escritório fica 24 horas sem email, dá para entender. Se um arquivo inteiro (aqueles móveis feiosos de metal) demora para aparecer, normal. Agora, simplesmente não prever que a cafeteira poderia queimar em curto-circuito ao ser ligada na nova rede elétrica, privando os "colaboradores" de café ao longo da segunda-feira inteira é inaceitável. Qualquer coisa menos que uma investigação completa para apurar e punir os responsáveis é inadmissível. Queremos café, e queremos agora.